Autor: Odin
Logo após todos
serem devidamente curados, foi decidido que o grupo permaneceria em uma
clareira próxima à caverna de Charoxx durante aquela noite para repousar, e que
partiriam ao amanhecer à procura do mago gnomo indicado por Astreya, na
esperança que ele pudesse consertar a chave que seria usada para abrir a Torre
do Desespero. Era arriscado armar um acampamento fora da caverna, mas era
preciso, pois o calor e a fumaça venenosa do covil de Charoxx os mataria se
permanecessem lá por muito tempo. Por precaução, o grupo decidiu se revezar em
rondas de duas horas para garantir que não seriam surpreendidos por eventuais
inimigos enquanto dormiam.
A noite passou e
não houve problema algum; como eles já esperavam, não haveria muitas criaturas
tolas o bastante para perambular às portas do covil de um dragão tão poderoso.
Mesmo cientes disto, nenhum deles chegou vivo até aquele ponto correndo riscos
desnecessários. Por isso, a decisão de fazer rondas foi aceita de forma
unânime. Quando todos despertaram, ao raiar do sol, se prepararam para fazer um
rápido desjejum, enquanto Hargor fazia suas orações e Aramil preparava suas
magias. Subitamente, Astreya gritou:
- Pessoal, onde
está Oyama?
- Ou o idiota
foi atrás do tesouro do dragão ou foi devorado por um gigante ou algo parecido
– respondeu Aramil com desinteresse, sem tirar os olhos de seu grimório – Não
que importe.
- Nós temos que
procurá-lo – disse Astreya irritada com o tom de voz do mago.
- Por quê? –
perguntou Aramil enquanto memorizava suas magias.
- Calma... –
respondeu Erol – Ele realmente foi atrás do tesouro. Eu disse que não havia
nada lá, pois eu mesmo procurei, mas ele não acreditou e quis checar com os
próprios olhos.
- Droga! – ecoou
a voz de Oyama de dentro do covil de Charoxx – realmente não há tesouro nenhum!
- Eu avisei –
respondeu Erol pegando um pouco de frutas secas e pão que o grupo trouxera de
Sírhion e Sindhar.
- Charoxx se
estabeleceu aqui há pouco tempo – disse Hargor bebericando seu vinho enquanto
Oyama voltava – Talvez ele não tenha tido tempo de trazer seu tesouro para cá.
- Faz sentido –
respondeu Astreya – afinal, estas montanhas fazem divisa com o reino de
Darakar, e seria tolice trazer o tesouro para cá e correr o risco dos anões o
tomarem.
- Então onde
está o tesouro dele? – perguntou Oyama tomado por uma grande frustração.
- Na Torre do
Desespero, provavelmente – respondeu Erol – de qualquer forma, precisamos ir.
Aramil balançou
a cabeça em desaprovação, se virou para Astreya e disse:
- Procurar este
gnomo é uma perda de tempo, mas, como não temos outra escolha, me diga quem é e
onde podemos encontrá-lo.
- O nome dele –
respondeu Astreya – é Nubling Erkenwald – e se as histórias estiverem corretas,
ele tem um laboratório na floresta de Kharnat, próxima às Montanhas de Ferro, a
leste de...
- Eu sei onde
fica – interrompeu Aramil.
Os heróis
terminaram a refeição, recolheram o acampamento e se aproximaram do mago.
Aramil começou a entoar um pequeno ritual, e a fazer alguns gestos fluidos e
precisos com as mãos. Um clarão iluminou toda a clareira, e no instante
seguinte, todos haviam sumido.
......................................................................