Jurassic World oferece entretenimento, se bom
entretenimento: é ao gosto de cada um.
O filme é uma clara representação do que a indústria
cinematográfica se tornou, descrentes no produto que têm, adicionam volume para
tornar tudo mais vistoso. Para quê fazer uso de um bom enredo quando se pode
fazer uso de efeitos especiais gerados a computador? A indústria
cinematográfica põe de parte a base fundamental de todo bom filme: um bom
enredo, personagens que criam empatia, momentos memoráveis.
Jurassic Park (o original) tornou-se uma lenda com o uso do
suspense e fascínio. O Jurassic World é, na sua maior parte, compactado de ação
com grande desconsideração por qualquer outro elemento.
No filme, os responsáveis pelo parque, descrentes na
admiração das pessoas por dinossauros (que nunca é explorada), criam uma
espécie nova; um monstro. E é aí que o filme toma contornos completamente
diferentes dos seus predecessores.
Pequenos Spoilers:
Buracos no enredo: a inteligência do novo “dinossauro” só
porque servia melhor a fluidez do filme. As crianças terem experiência mecânica
quando mais convinha. Um diálogo sobre um possível divorcio, só para encher
tempo e que em nada serviu para a historia principal. O problema de Jurassic
World não é ausência de enredo, é um enredo convoluto, diz muito quando não
precisa e nada diz quando devia.
Curiosidades: Uma mulher a correr em saltos altos durante o
filme todo (pois). Uma equipa atrás de um predador de 12m com varinhas de
choque e uma rede para o abocanhar (totalmente credível). Um dinossauro sabe o
que é um implante de localização.
PS: Um final tipo Godzila (let them fight)
NOTA: 5/10