Desceu à Terra quando ouviu aquelas palavras: “Põe o lixo na
rua, lava o carro e corta a relva”.
Quando é que a vida se tornou tão insignificante?
Olha-se ao espelho, sabia que o seu Eu estava ali algures,
por detrás de olhos opacos.
Água fria num rosto com expressões severas não lhe tirava
daquele transe.
Olhava derrotado enquanto outros andavam uniformes sobre
linhas retas. Robots sob um programa que aceitaram livremente.
Valia-lhe o facto de ainda conseguir ver magia no
quotidiano, mas por quando tempo?
O seu era um desespero de um grito silencioso.
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