terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Fragilidade no Amor

- Aqui, segura isto. Cuidado! É raro e frágil.
- O que é?
- A minha felicidade.
- Porque me estás a dar?
- Porque me ajudaste a construí-la.



domingo, 29 de dezembro de 2013

Mundos Perdidos por Jonn Howe

John Howe, para aqueles que não o conhecem é uma das metades a par com Alan Lee dos ilustradores dos aclamados livros de Tolkien, Senhor dos Anéis, etc.
As suas ilustrações são aceites pelos fãs como as verdadeiras janelas por onde se pode contemplar a Terra Média. É um artista que mistura tão bem a fantasia como o realismo.
Com Balrogs e Dragões já na carteira, Howe dá agora vida a mundos como Atlântida, Troia, Camelot, entre outros.
Em Mundos Perdidos, temos ainda o feliz bónus de ter uma introdução por sir Ian Mckellen (Gandalf nas trilogias cinematográficas Senhor dos Anéis e Hobbit) e tal como ele explica, o livro permite-nos sobrevoar estas terras como se existissem.
Eu pessoalmente adoro este tipo de arte porque mergulho nelas e nem que por segundos me faz esquecer tudo, eu perco-me. 


quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Edge of Tomorrow

E se vos fosse dada a oportunidade de serem mais do que são… melhores. Aceitariam?
Uma oportunidade de se aperfeiçoarem até serem o melhor que pudessem ser.
E se, se vissem presos no mesmo dia, naquilo que só pode ser um distúrbio temporal, num dia fundamental para a humanidade, erguer-se-iam heróis ou desesperariam?
Vamos encontrar a resposta em Edge of Tomorrow.



quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

The Nightmare Before Christmas

Uma mistura que resultou.

Alguns mundos são mais ricos que os outros. Os saídos da imaginação de Tim Burton, são certamente extraordinários e cheios de maravilha.
E se com um simples abrir de porta pudéssemos entrar num desses mundos?
Combinem Holloween com o Natal e temos The Nightmare Before Christmas, uma mistura que resultou num dos cantinhos da fantasia mais estimados por muitos.
Distorcido, repugnante, soturno... mágico, encantador, radioso, obrigatório visitar.





segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Fonte da juventude

Podemos ser todos um Peter Pan, basta sermos imaturos até ao fim.

domingo, 22 de dezembro de 2013

O que é a Fantasia afinal?

É o escape à realidade, o desabrochar da imaginação revelado por vezes em criatividade.

É ver para além do que existe, capacidade que acompanha a humanidade desde sempre. Não se pode no entanto explicar a fantasia como sendo só o oposto da realidade, porque isso é o irreal. Sendo algo que faz parte de nós desde o princípio, deve desse modo… existir.
A fantasia luta contra a austeridade que é a vida. Leva-nos para além dos limites do nosso corpo, permite-nos sonhar acordados mesmo depois de adultos. Às vezes é olhar o futuro através das estrelas, outras o passado até aos dinossauros, e para além disso. A fantasia pode não nos tornar jovens uma segunda vez, mas permite-nos ser imaturos até ao fim. Aquilo que nos trás felicidade é muitas vezes infantil, porquê nos negar isso?

sábado, 21 de dezembro de 2013

Sonhar acordado

Quando não estou com o pensamento na lua, trago-a cá abaixo para estar comigo.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

How To Train Your Dragon 2

Vikings e Dragões, como não gostar?
Pensam que sabem tudo sobre os nossos amigos alados? Pensem outra vez. Há um capítulo inteiro ainda por desvendar e enquanto isso, uma ameaça surge para quebrar a simbiose conseguida à cinco anos. Existe muito poder em domar um dragão e já há quem o queira só para si.  O nosso modo de vida está ameaçado.
Por isso preparem-se para voar alto e mergulhar rápido… pode ser a nossa última vez.









quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Realidade VS Fantasia

Deixa-te guiar pela fantasia.
Não importa o quão pequenos sejamos deste lado, podemos sempre ser enormes do outro lado.















quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Dawn of the Planet of the Apes

A humanidade está à beira da rutura. Já não somos a única espécie dominante do planeta e nós não partilhamos poder. A doença veio primeiro, a guerra virá a seguir.

Pelo nosso Planeta!










terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Dragão e Coragem

Licença Creative Commons
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
"Muitos que vivem merecem morrer. Alguns que morrem merecem viver. Você pode lhes dar a vida? Então não seja tão ávido para julgar e condenar alguém a morte, pois mesmo os mais sábios não podem ver os dois lados." (Gandalf, Senhor dos Anéis)

- Olhei por cima do ombro e soube-o logo. Não íamos conseguir. Empurrei meu pai e fui para o lado oposto, gritei o mais alto que pude, “corre”, sabendo muito bem o resultado daquela ação. Só um teria oportunidade de escapar.
O vento do bater de suas asas derrubou-me até sentir o sabor da areia. Virei-me, certo de encontrar um fim horroroso, mas o que vi vai assombrar-me os sonhos para o resto de minha vida. – O resto do hidromel desaparece com um só trago e a caneca aterra violentamente sobre a mesa.
Estamos na taverna Telhado Torto, da posse de Imahir. Ali as noites são longas e fervorosas. Onde o mais baixo dos homens pode esquecer quem é e ter mais divertimento que um rei. No espeto havia sempre carne e a bom preço, duas raridades sob quaisquer padrões de classe social. Todos sabiam de onde vinha aquela carne, mas a maioria não se importava, podiam encher a barriga como qualquer senhor e a cidade tolerava Imahir por manter as ruas limpas dos ratos.
Sim, era um local de convívio frequentado por muitos, um bom refúgio para o inverno com o crepitar de madeira.
O bardo local conhecido apenas como Lundin, que na língua ancestral significava pássaro cantante, era frequentador assíduo do Telhado Torto. Fazia da mente de cada um telas onde pintava retratos com as canções de bravura de outrora, mas hoje mantinha-se em silêncio e dava lugar ao relato extraordinário de um forasteiro de nome Gaff, que vivia na outra margem do rio Plurul. Ele falava de um dragão que assolava aqueles lados e que dizimou a sua aldeia pesqueira.
Muitos envolviam Gaff tanto maravilhados como inquietados, outros respondiam só à reunião de corpos, dividindo a sua atenção com as meretrizes que enganavam bem os olhos depois de algumas bebidas, suas experiencias para conseguirem facilmente o resto.
- Eu só espero que tenha sido rápido. – Continuou Gaff. – Eu escondi-me por detrás das rochas pretas na margem, enquanto ouvia… o quebrar do que só podiam ser os ossos do… - Levou a mão á face como se conseguisse apagar o que presenciou.
O silêncio no Telhado Torto era incomum e mesmo numa noite destas havia sempre algum ruido de fundo. Quatro soldados, riam numa mesa das traseiras e a palavra cobarde voou através da sala. Alguns começaram a dispersar, enquanto outros permaneceram para assistir o desenrolar.
Numa taberna para as classes inferiores, tem de se criar uma certa escama contra insultos e outras ofensas, senão haveria brigas todos os dias. Por outro lado Gaff não aguentava desaforo de ninguém, ou pelo menos vociferara sempre no passado. O seu era um temperamento quente, mas nessa noite não encontrou nada em si para puxar a faca da cintura. Não era a opinião dos outros, mas a sua que o destroçava.
Os soldados atravessavam aquele punhado de gente com Simo, à frente, evitando as vigas de madeira baixas.
- Eu sou Simo, filho do Simian um dos cinquenta que fez parte da comitiva que à dez anos matou o ultimo dragão deste lado do rio. Enoja-me o facto de partilhar a mesma divisão com um cobarde. – Agarrou o pomo da espada com firmeza.  
Um idoso segura-lhe o braço e pede-lhe calma, afinal tratava-se de um dragão e ninguém ali para além do soldado, tinha pensado tal coisa.
Os dragões dominam os céus e lembram os homens muitas vezes do seu lugar na terra. Alguns acreditam que os dragões são animais como outros quaisquer. Predadores que caçam indiscriminadamente e nós só estamos abaixo da cadeia alimentar. Outros acreditam que existe inteligência e malicia por detrás dos seus atos. O nosso amigo bardo podiam entoar as canções dos muitos imortalizados como Grimul o Horrendo ou Selta a Gananciosa protetora de tesouros. Canções que davam razão a essa maneira de pensar. Para outros tantos os dragões são até criaturas para idolatrar tanto quanto temer. Seja como for, um dragão nunca é uma criatura a ignorar, não existem seres mais poderosos, só ultrapassados em fascínio pela elusiva fénix e embora superados em tamanho pelas serpentes marinhas dos mares nórdicos, diz-se que bem para leste alguns dragões até dominavam a água invés do fogo. Os dragões são sem dúvida os reis de todos os seres.
- Todos sabem que dragões só são mortos à traição, enquanto dormem. – Lembrou Imahir por detrás do balcão.
- Desonras a memória de meu pai?! – Simon vê o seu precipitado desembainhar de espada travado por seus colegas.
Não foi intenção de Imahir maldizer o bom nome de Simian, mas o filho… prepotente, arrogante, vil… mal-amado naquelas paragens. Imahir tinha desgosto de Simo nunca ter chateado o homem errado na estalagem que o calasse de vez. Além de tudo não disse mentira nenhuma, seria loucura ir contra uma criatura tão imponente de igual para igual. Segundo diz a lenda o único que conseguiu enfrentar e matar um dragão acordado foi Fanhir Espada Longa, mas ninguém sabe bem como.
- Uns destes dias Imahir filho de Imuhul… - Suas palavras afogam-se.
Um guincho estridente gela depressa os ânimos no Telhado Torto. Olhares prospetivos só encontram caras sem respostas.
- Aqui está a oportunidade de Simo, soldado sob o brasão da águia de mostrar o seu valor. – Quebrou o silêncio Gaff, que se viu novamente o centro das atenções. – Um rio não é barreira para um dragão.
Outro guincho e desta vez acompanhado também por gritos do exterior. O caos instalou-se na estalagem e todos se apressaram para a saída.
Fogo e morte é tudo o que os esperava. O calor das labaredas acolheu-os e uma enorme sombra ondulava pelos telhados e ruas. Muita gente a correr, enquanto alguns presos aos já mortos no chão. A noite fez-se dia com um vermelho de fogo e sangue. Olhos no céu e parecia impossível não ver tamanha criatura, mas a destruição em redor era bem visível, ruína.
Soldados… é difícil correr para o perigo enquanto todas as fibras do nosso corpo nos empurram na direção oposta. Diante do que pareceu o fracasso irremediável, deram a retirada prematura só para ver o fogo servir-lhes de cobertor. Entre as vítimas, Simo.
Levou mais tempo, mas a cidade caiu tal como a aldeia do outro lado de Plurul.
Gaff mais uma vez escapou, fugiu o mais depressa que suas pernas o permitiram, desta vez mergulhando na floresta invés das águas. Tinha sobrevivido.
Coragem é um interesse curioso. Muitos falam nela e acreditam a reconhecer quando surge, mas será que o sabem mesmo? Ao contrário de covardia, o medo é uma coisa útil, já a idiotice muitas vezes é confundida com coragem. Coragem debaixo de fogo é coragem feita de ocasião. Não julguem os atos de uns sem saber a sua total extensão.
Os trilhos da floresta eram cheios por dúzias de pessoas fugindo como podiam, já Gaff levava uma criança orfã nos braços. Foi o medo de Gaff à três semanas que regeu sobre o fado desta criança perdida agora. 

domingo, 15 de dezembro de 2013

Joker Comic

Um super-herói só é tão bom quanto o vilão que tem de lutar. A popularidade de Batman deve-se muito a Joker.

Assim que li algumas páginas só pensava como o queria ler outra vez. É assim tão bom.
Neste comic, Joker é o protagonista e Batman relegado para um segundo plano.
Passeamos no mundo do crime com o palhaço a nos servir de guia e no entanto, ficamos a perceber cada vez menos os motivos por detrás dos seus actos. 
As cicatrizes, o look... inspiraram o Joker de Heath Ledger em The Dark Night.
Ele é um dos melhores vilões de todos os tempos e o maior antagonista de Batman. É um agente do caos, mas é apelativo, as pessoas identificam-se com Joker por este ser totalmente livre das algemas impostas pela sociedade. Sê tu mesmo, levado ao extremo. Não deixa de ser um pouco perturbador, identificarmo-nos com um psicopata demente assassino e até violador neste comic.



sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Pompeii

Congelados no tempo

Ás vezes só precisamos olhar o passado para entrar num mundo fantasioso. 

Pompeia oferece-nos um vislumbro do império romano e de eventos que aconteceram na realidade, como a erupção do vulcão Vesuvio. Este é um episódio histórico algo romântico, pois a herança de tão nobre cidade está nos corpos petrificados dos seus moradores, preservados até hoje no que foram as posições que adotaram nos seus últimos momentos de vida. 



quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Godzilla

A fantasia vai nos ser forçada sob a forma do mais popular monstro de todos os tempos.
Uma cidade é destruída, o mundo está em perigo, coragem é precisa. Esta é uma vez em que não podemos deixar a fantasia ganhar à realidade. Vamos enfrentar uma das mais poderosas criaturas que já saiu do imaginário.








terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Medo da vida

Falamos muito do medo de morrer, mas quem aqui vive como quer? E porque será isso?

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

The Amazing Spider Man 2

Medo de alturas? É bom o perderem depressa porque não tarda vamos balançar entre os mais altos arranha-céus de Nova Iorque.
O magnífico homem aranha está de volta e ao que parece existem vilões a cada virar de esquina, três em princípio, Rhino, Electro e Green Goblin. Sozinhos são suficientes para medir forças com qualquer super-herói, mas os três juntos, ui… o nosso vizinho amigável vai ter de ser bastante inventivo para triunfar.
Deve ser universal o desejo secreto de se querer ser um super-herói. Com estes portais para a fantasia podemos o ser por momentos.


sábado, 7 de dezembro de 2013

Moria

Um dos reinos da Terra Média. Conhecida também por Khazad Dûm (caverna dos anões).
Um labirinto de túneis e câmaras. Um prodígio arquitetónico conseguido pelos anões que cavaram o seu palácio por debaixo das montanhas nebulosas.
Este foi um reino fundado por Durin. Seus habitantes foram os antepassados do reino de Erebor, montanha que abrigou o Dragão Smaug por um tempo.
Khazad Dûm expandiu-se tanto, que acabaram desenterrando o produto da sua própria destruição, um antigo demónio, um Balrog.
Em ruina Moria tornou-se num ninho infestado por goblins e um tumulo para anões.
Foram precisos séculos para Moria voltar a resplandecer alguma da sua antiga glória e ver anões recuperarem algumas das suas riquezas. 



quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

300: Rise of an Empire

A Guerra continua...
Terá o sacrifico dos 300 Espartanos sido em vão? Que espírito terão passado ao resto da Grécia para a guerra que se avizinha? Futilidade perante um colosso ou força contra uma avassaladora adversidade?
Apesar dos muitos mortos no estreito das Termópilas (nos portões quentes) o exército Persa ainda marcha com números a perder de vista.
Xerxes acredita ser um Deus, cabe aos gregos mostrar agora que os verdadeiros Deuses estão no Olimpo. 
É hora de Atenas mostrar que é a outra super-potencia do mundo grego. Aquilo que Esparta é em terra, Atenas é na água, marinheiros natos com seus barcos triremos.
O que vai ser? Morrer nos nossos pés, ou viver de joelhos?


quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

No Natal existem milagres

O bom do Natal é que invés de andarmos atrás da fantasia, ela vem até nós.
Aprendemos quando crescemos que o Natal não são só prendas, que é mais do que família, é esperança para um melhor agora e um melhor futuro. O natal é um estado de espírito diferente, é um compromisso universal para a alegria. Quase me atrevo a dizer que o Natal é… mágico.
Escolhi o vídeo abaixo, porque retrata um dos momentos mais simbólicos de paz e de humanidade no meio do que foi um dos períodos mais violentos da nossa história.
Na 1ª guerra mundial, durante o Natal, soldados britânicos, franceses e alemãs largaram suas armas numa trégua não oficial. Muitos até se aventuram a sair das trincheiras e ir para a terra de ninguém onde cumprimentaram seus inimigos e até trocaram presentes.
Esta será sem dúvida a prova de que no Natal existem milagres. Não deve ser reduzido a ser só mais uma festa, nem muito menos a ser só mais uma altura do ano. 

Feliz Natal a todos!


terça-feira, 3 de dezembro de 2013

O Gigante e a "Menina"

Licença Creative Commons
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.
Igor era um gigante afável. Passou grande parte da sua existência no vale, mas ainda carregava consigo as correntes de uma vida que não queria lembrar.
Aventurava-se agora no extremo do reino, empurrado por um problema que não encontrava solução. Diziam existir lá um sábio, mas para além dos sons dos lúgubres pássaros que o mantinham alerta, não encontrou ninguém, bem… não encontrou quem imaginava.
Guiado por um cantar gracioso, surgiu-lhe uma menina muito curiosa e de olhos grandes. Aproximou-se cuidadosa da descomunal criatura e cumprimentou-lhe com um sorriso contagiante. Igor por seu lado com seus doces traços, rendia qualquer um até perder o receio perante seu considerável tamanho.
- Eu sinto-me só. – Começou a miúda a falar. – Sou pequena, passo facilmente despercebida e minha voz raramente se consegue fazer sobrepor ao mar de outras vozes.  
O gigante apesar de habituado ao carinho das pessoas do vale, foi surpreendido com aquele à-vontade invulgar. Seu desconforto pela floresta desapareceu. Igor de natureza simples, levou algum tempo até perceber que partilhavam o mesmo problema que o levava ali, solidão.
Explicou aos ouvidos que se tinham disposto a escutá-lo, a razão para estar ali. Queria encontrar uma resposta para a sua solidão, mais que isso, queria encontrar maneira de a curar.
A pequena ouviu-o atentamente de cara singela e acabou retorquindo:
- É fácil para um gigante se sentir só. Todas as outras vozes se tornam distantes e baixinhas, quase incompreensíveis. Pensamento nas nuvens e olhar sempre no horizonte. Consegue percorrer grandes distâncias, mas abranda o passo só para se fazer acompanhar. – Anuiu.
Antes de perceber como, a menina sorridente toca-o no ombro e sussurra-lhe:
- Da próxima vez que te sentires só, não penses em ti como este verme – apontou para um tronco caído – O seu mundo é populoso e pode ser acidentalmente pisado. – Sorriu.
Igor esforça-se para enxergar os insetos que lhe eram apontados, mas volta sua atenção ao seu redor, para perceber se ela tinha crescido ou ele encolhido, só que uma névoa cercava-os. 
- Prefiro então ser igual a todos só para não me sentir só. – Vozeirou o gigante.
- E porque quererias tal disparate? Como é que alguém repararia em ti se fosses igual a toda a gente? – Afagou-lhe a face. – Coragem para ti é medida de maneira diferente, porque o que para todos é um passo de gigante, para ti é só andar. És o primeiro a visitar-me em mais de cinco décadas. - Sorriu.
A expressão na cara de Igor mudou como se não totalmente convencido e quando veio a si, a menina tinha desaparecido com a névoa e viu-se cercado pelas mesmas aves que o mortificaram no inicio.
- Sê tu mesmo. Mais do que grande, és grandioso. – Ecoou uma voz grave pela floresta.