Justiça Cega é um livro sobre o rapto de uma criança de treze anos e da sua investigação.
conhecendo, à partida, alguns textos do Hugo Pena, estava preparado para, nesta crítica, me debruçar sobre a importância do terceiro acto, de como toda a obra iria depender dele, mas encontrei um livro bem estruturado do princípio ao fim; existem sim, alguns momentos no meio que nos perguntamos o que fazem ali, mas que depois, com maior ou menor alcance, fazem sentido.
conhecendo, à partida, alguns textos do Hugo Pena, estava preparado para, nesta crítica, me debruçar sobre a importância do terceiro acto, de como toda a obra iria depender dele, mas encontrei um livro bem estruturado do princípio ao fim; existem sim, alguns momentos no meio que nos perguntamos o que fazem ali, mas que depois, com maior ou menor alcance, fazem sentido.
O Autor garantiu, no livro, uma grande tensão, ao saltar entre personagens
e locais mantém-se o leitor sempre ávido pelo que vem a seguir. Ao Hugo, tenho de
agradecer o facto de podermos estar presentes durante a violência e crimes mais
vis, com o conforto da cortina fina que nos separa da ficção.
Agora para fazer o meu amigo suar um pouco: Se uma crítica
houvesse a apontar, então escolho a do agente Neves quando descortina a verdade
sobre uma certa personagem feminina. O que é uma coincidência óbvia para o
leitor, devia ser uma coincidência rebuscada para o agente Neves que (contudo)
parece partilhar do mesmo ponto de vista privilegiado do leitor. Chega a uma conclusão
demasiado fácil com dados demasiado leves.
Aos capítulos, pequenos e de fácil leitura, senti falta de
um título que me permitisse vislumbrar o que vinha a seguir, um gosto pessoal, nada mais.
Ao assédio nas redes sociais, perguntava às meninas porque não
bloquearam o individuo, não o removeriam da sua vida, mas conseguiam alguma paz
online. Fica o alerta, removam pessoas nefastas do vosso círculo de amigos
online e, se preciso, bloqueiem-nas.
Aos Agentes Martins e Neves pedia para apurarem, com maior
afinco, se o suspeito tinha alguma propriedade, semelhante à usada para o crime
hediondo, no seu nome ou de algum familiar, escrito de arrendamento,
etc.
Em conclusão: Justiça Cega é um livro bem conseguido, do
qual, tenho orgulho de possuir um exemplar com dedicatória. Com esta mesma criatividade
e as novas técnicas de escrita, que sei que o Hugo adquiriu, tenho a certeza que
o próximo livro será ainda melhor.
Booktrailer
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