quarta-feira, 9 de abril de 2014

Game of Thrones Temporada 4; sentido critico

De volta a Westeros. Onde heróis morrem, vilões sorriem e nós ficamos cada vez mais viciados neste reino.


Sinopse: Aqui não existe um senhor do mal, bonzinhos vestidos de branco ou os maus vestidos de negro. Estamos no meio de uma guerra civil. A luta pelo poder é feroz, vem de todos os lados e enquanto isso, ameaças sobrenaturais insistem emergir. É uma guerra dentro o fora do campo de batalha. 
Critica: Aos fãs de fantasia que nunca viram Game of Thrones… vocês não são verdadeiros fãs de fantasia. Aos que simplesmente gostam de boa televisão e nunca viram Game of Thrones, estão a perder uma, senão a melhor produção televisiva de sempre.
Em outras séries nunca sabemos o que vai acontecer no próximo episódio, mas aqui nunca sabemos o que vai acontecer na próxima cena. A vida das principais personagens anda num fio fino e isso mantêm-nos fisgados num enredo brilhante.
A série volta em força depois do dramático fim do casamento vermelho com um episódio com a qualidade que nos habituaram.
Se gostavam, continuem a ver, se nunca viram, aconselho vivamente a fazerem-no. Game of Thrones é sem duvida o melhor escape à realidade que existe na atualidade.   

Alertas de spoilers no video (temporada 4 final do episódio 1):









8 comentários:

  1. Isto é apenas uma opinião muito pessoal, e respeito quem pensa diferente.

    Esta é uma série que está fazendo muito sucesso, mas a meu ver, pelos motivos errados. A HBO, na tentativa de manter a audiência e chamar atenção, exagera muito tanto nas cenas de violência sem propósito (" gore") quanto nas de sexo, deixando muitas vezes a história desenvolvida nos livros e elementos interessantes sobre a mitologia do cenário em segundo plano. Isto acaba depreciando o trabalho que foi originalmente feito nos livros, o que é algo triste de se ver.

    A série tem vários bons momentos, é consideravelmente fiel à obra e em questão de cenário, figurinos, etc é impecável,. Mas ainda assim, recomendo fortemente que os fãs leiam os livros.

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    1. Olá nobre Odin. A sua opinião é sempre bem-vinda.
      Uma adaptação é sempre uma adaptação, ou seja: O que resulta num livro por mais que se queira, nem sempre se pode materializar em ação real. Ou não resulta ou por diversos outros motivos, dinheiro, logística etc.
      George RR Martin (autor da obra), segue este projeto muito próximo. Não é só um espectador, tem papel na produção e segue o seu desenrolar. Ele escolheu a HBO acreditando que era a que melhor via para representar a sua obra. Um filme não seria nada prático e para a televisão, só a HBO. Ele aceita e até explica, a natureza das adaptações, como vi numa das suas entrevistas, já que foi também ele um argumentista. Mudar conteúdo para que fique mais agradável não, isso é alterar arte, mas adaptações necessárias são compreensíveis, como por exemplo: No primeiro livro a rainha era transportada numa carruagem enorme puxada por 40 cavalos ou mais e não cabia no portão de Winterfell. No primeiro episódio, vemos a rainha Cercei numa carruagem muito bonita de tamanho normal puxado por dois cavalos. Uma Alteração compreensível porque fazer diferente o orçamento acabava ao fim de alguns episódios.
      A série tem uma magnitude nunca antes vista em televisão e só podendo ser comparada com um filme de grande produção. Batalhas de milhares de guerreiros estava limitado ao grande ecrã. Cenários e logística diversificada, só alguns programas haviam conseguido. Nós aqui vemos paisagens no local preenchidas por magníficos castelos e cidades saídas só do imaginário. Existem dragões e muitas outras criaturas. Sei que o Odin segue a série Vikings da qual eu gosto também, mas vê-se logo a diferença de produção de uma para a outra e até de qualidade e realismo.
      Quanto à violência, ela existe também no livro e na minha opinião Odin, matar um homem não tem nada de bonito, estamos é habituados ao contrário pelos Estúdios de Cinema. Existe sangue, existe medo, existe vómito, existe praguejar, existe choro… uma espada a entrar num homem não tem nada de heróico.
      A nudez também existe no livro e George Martin explica que o sexo é uma parte da vida e por isso retrata-o na sua obra de forma natural e não percebe como as pessoas ás vezes ficam indignadas com isso. Diz que pode descrever ao pormenor um machado a entrar no crânio de um homem, mas se descrever ao pormenor uma cena de sexo levantam-se logo muitas vozes.
      A série é arriscada inovadora e quando eu disse que os verdadeiros fãs de fantasia tinham de a ver, não disse que tinham de gostar. Mas que é uma obrigatoriedade ao menos ver um episódio é.

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  2. Ótimas colocações, nobre amigo.

    Concordo que adaptações são realmente necessárias, e em certas ocasiões (como na carruagem de Cercei). É inegável também que há um nível de qualidade nesta série superior à série Vikings, porque o orçamento disponível é substancialmente maior para Game of Thrones.

    E concordo plenamente que violência não é algo bonito, e que não deve ser jamais retratada deste modo. Mas o que me incomodou na série foi o fato da violência (e o sexo) serem totalmente banalizados, algo que não aconteceu nos livros daquela forma. Os livros mostram sim a brutalidade de combates e o fato de que muitas vezes inocentes sofrem com isto. Mostram também cenas de sexo como uma exploração da coisa em si por um lado mais luxurioso e ligado a intrigas políticas e relações... estranhas.

    Mas sinto que a série de TV escandaliza e exagera tudo isso apenas para chamar atenção e chocar, como no primeiro " encontro amoroso" entre Daenerys e Drogo. No livro, o momento teve até uma certa beleza em dado ponto, mas na série, a relação foi praticamente um estupro.

    Mas concordo contigo que esta é uma série que deve ser conhecida por todos os fãs de fantasia. Ela mostra um lado diferente da fantasia que normalmente conhecemos, e como é baseada em uma série de livros muito bem escrita, realmente vale à pena ser ao menos conferida.

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    1. O CHOQUE DOS NERDS! Ha Ha estou a brincar.
      Espero que não interprete mal esta minha maneira. Gosto de trocar ideias, bem... sobre aquilo que gosto.
      Começando pela série Vikings. Parece claro que existe diferentes orçamentos, mas não concordo que seja esse o fator que as separe em qualidade. Sim vemos só 50 vikings contra 50 saxões, mas não seria fiel à história se fizessem 10 mil no campo de batalha. Temos as aldeias vikings e barcos impecavelmente bem-feitos. A série, especialmente na segunda temporada, quebra um pouco na minha opinião. Oferece uma resposta fácil para Rollo se safar de uma morte certa em julgamento, avança nos anos sem ter o cuidado de fazer as personagens parecerem mais velhas. Lagertha (mãe) e Bjorn (filho) quase da mesma idade. Em algumas batalhas mano a mano abdica-se do realismo por dramatismo. Não, a qualidade que os separa não está no orçamento, na minha opinião. Umas pequenas “farpas” no argumento e pequenos pormenores de produção.
      Voltando a Game Of Thrones:
      Não sei com qual intenção da HBO quanto à violência e sexo, mas eu que sigo os fãs em espaços como o facebook, não acredito que esses sejam os principais apelativos que atraem espectadores. Na minha opinião é o enredo brilhantemente escrito e em segundo uma escala nunca antes vista em televisão. Eu por exemplo adorei o terceiro episodio da primeira temporada onde Ned Stark chega à capital e interage pela primeira vez com o concelho do rei. Não me lembro de ter existido aí acção/lutas. É-nos sim entregue e muito bem um diálogo magnífico e é nos apresentado a capital.
      A forma como o sexo é encarado:
      Se entrássemos num mundo onde as morais das principais 3 religiões que temos (onde o sexo é tabu) fossem removidas, então o sexo seria certamente encarado de forma diferente. Basta voltarmos à antiguidade antes do cristianismo ser adotado pelo império romano. Existiam outras visões sobre os homossexuais e até orgias como rituais aos deuses (recomendo que Odin veja a série, “Roma” se nunca teve essa oportunidade, procure um trailer no youtube). Com a entrada do cristianismo, os jogos no coliseu passaram a ser considerados bárbaros e aqui tocamos no tal aspeto de violência. Westeros não é o nosso mundo nem se rege sobre as nossas morais.
      Também acho que se deviam ler os livros, porque é aprofundar ainda mais naquele mundo. São criticamente aclamados e queridos por muitos leitores. Mas por mim, cada arte vale por si e cada uma tem o seu espaço.

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  3. Sábias palavras: " cada arte vale por si, e cada uma tem seu espaço". Eu apenas acrescentaria que nem todo espaço deveria estar aberto a todas as pessoas.

    Como não assisti nada da segunda temporada de Vikings, fica difícil conversar sobre isso, mas confesso que tuas impressões realmente me desanimaram um pouco. Minha impressão sobre a série é que ela tem uma teor mais sóbrio e menos sensacionalista do que Game of Thrones (ou Roma) da HBO. O que questiono nas séries da HBO não é o aspecto qualidade, mas sim o sensacionalismo que sempre segue a batida fórmula sexo/violência gratuita/sexo com violência gratuita.

    Os livros da série de A Game of Thrones já são pesados por si nestes quesitos (uma característica da obra, que não desmerece de forma alguma a ótima história, personagens e mitologia criada). Minha crítica é que a série omite fatos que " historicamente" são interessantes (ex: os Deuses antigos cultuados pelos Stark, a história das espadas quase mágicas que alguns guerreiros carregam, etc) para colocar cenas de violência, tortura e sexo que por vezes NÃO existiam nos livros. Isto, em minha opinião, é feito para garantir uma maior audiência (e funciona muito bem ao julgar pela quantidade de adolescentes que seguem a série), mas encobre muitas das boas qualidades do enredo que são bem visíveis nos livros.

    Obviamente, há quem goste da série por conta de sua história e intrigas políticas, e não por causa dos exageros relacionados a sexo e violência. Confesso que a moral da trama é algo que me preocupa um pouco quando vejo jovens deslumbrados com o seriado pregando sorrindo que " os fins justificam os meios" e acreditando que enganar e usar os outros é um sinal de inteligência, e não de simples falta de caráter.

    Mas isto não pode realmente ser jogado contra o livro de Martin ou mesmo contra a HBO; deveria haver um controle mais rígido por parte dos pais para evitar que menores de idade assistissem a série, mas ai entramos em outra questão... O fato é que esta é mesmo uma história em que como dissestes, " os bons morrem e os maus sorriem", e acredito que a pessoa deva ter um certo nível de maturidade para poder lidar com isto sem se deixar influenciar negativamente.

    Grande abraço, irmão.

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    1. Ah sim, nisso concordo absolutamente. A série deve ter limite de idade. Como não me deixo influenciar pareço esquecer que existe um público mais abrangente. Preocupa-te e bem o impacto nos jovens, mas não podemos negar a um público só para que outro não veja.
      Agora sinto-me mal. Não o quero influenciar quanto a Vikings, continuo a seguir e gosto, só acho que… há ali qualquer coisa. Por favor veja e de espirito aberto. Sou é muito critico, mesmo com as coisas que gosto.
      Tocando já noutra série e esta sim aproveitava-se gratuitamente de violência e sexo era, “Spartacus”. Também gostava e seguia, mas havia ali um claro exagero. Tudo bem que as culturas eram diferentes, mas era um pouco demais.

      Um abraço do outro lado do oceano.

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  4. Tens razão: não podemos negar algo a um público apropriado apenas porque nem todos têm condição de lidar com isto. O melhor caminho realmente seria um rígido controle de idade, monitorado de perto pelos pais de adolescentes.

    E não te preocupes, irmão, que assistirei Vikings com o espírito aberto!

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    1. Acho que você vai gostar de ver isto Odin, https://www.youtube.com/watch?v=SVaD8rouJn0
      Rendo-me às evidencias ;)

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