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Num reino antigo de nome esquecido, no meio dos escombros de
um castelo, havia uma única torre hirta. Lá, em clausura, vivia uma princesa, mas não uma princesa vulgar. Fruto de uma poderosa união, entre um rei terreno
e uma sacerdotisa de Avalon. Diziam poder realizar os sonhos daquele que a libertasse, evento despoletado inadvertidamente quando
o seu pretendente, um temente da sua herança mágica, exerceu o seu direito de
posse, trancando-a ali.
Não levou muito até à ganancia do Homem empurrar muitos
àquele lugar. Cavaleiros singulares providos de coragem, ladrões pagos
por homens de posses e até senhores de guerra marchando seus exércitos. Batalhas incessantes tornaram aquela, uma terra erma.
Foi só quando a esperança desvaneceu, que o mais improvável
dos homens lhe entrou pela janela. Confundido como um salvador, ela prostrou-se
perante ele, era sua a recompensa. Ao jovem pastor, perdido e fugido de um
campo onde a morte lhe copiava cada passo foi necessário ser explicado a profecia
em primeira mão.
Um plebeu com sonhos, mas um plebeu realista, acreditou já ser muito, pedir a mão em casamento de uma mulher de berço nobre, tão formosa.
Sob o manto da noite fugiriam e o acordo seria selado, mas
por um capricho dos deuses, num silvo de mil setas, uma, cravou-se no pastor e a
morte reclamou quem surgiu no dia anterior.
Desolada, furiosa, farta, a princesa desceu a torre sozinha e
para surpresa sua, passou despercebida. Os homens não a conseguiam ver, cegos pela ganância.
E assim, a profecia cumpriu-se, a princesa realizou os sonhos de que quem a libertou, realizou os seus próprios sonhos dali para a frente.
E assim, a profecia cumpriu-se, a princesa realizou os sonhos de que quem a libertou, realizou os seus próprios sonhos dali para a frente.
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