O Hobbit a desolação de Smaug tem um visual que se encosta mais a Harry Potter do que propriamente ao Senhor dos Anéis. É um mundo algo pitoresco que foge ao que conhecemos da Terra Média.
O realismo foi deixado para segundo plano e abraçou-se por
completo a fantasia. Os Anões parecem cartoons, os orcs com o seu “upgrade” por
computador, ficaram menos ameaçadores. O mundo substitui a grande escala de
filmagens no local por cenários claramente filmados em estúdios.
A história é bastante rudimentar e nunca sentimos que
nenhuma personagem está em real perigo. A ação é absolutamente maravilhosa de
ver, tão coreografada e maravilhosa que nos tira do filme como distrações.
No primeiro filme as Águias salvam tão graciosamente os heróis
para depois os deixar a alguns quilómetros da Montanha Solitária. Algo estapafúrdico,
uma viagem de meia hora de voo tornou-se no segundo filme inteiro, onde os heróis
se viram forçados a passar provações possivelmente mortais sem necessidade
nenhuma.
Com tudo isto, pode parecer que não gostei do filme,
mas a verdade é que gostei, o único problema é estar associado a um dos maiores
feitos cinematográficos que já existiu, que é a trilogia do Senhor dos Anéis. É
logico pensar que devia haver uma evolução com mais de uma década a separar os
filmes, mas não. Não se vê melhorias significativas, existe sim uma certa
degradação do mundo.
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